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O presente trabalho de conclusão de curso (TCC) se dedica à análise da inefetividade das normas perante as leis complementares de igualdade de gênero e racial, com foco na interseção entre direitos fundamentais e justiça. A igualdade de gênero e racial representa um princípio basilar das sociedades contemporâneas, refletindo a busca por um ambiente mais equitativo e inclusivo. Embora haja um arcabouço normativo que visa promover esses ideais, observa-se uma desconexão evidente entre a enunciação legal e sua concretização prática. Por meio de uma revisão crítica da literatura, análise de casos práticos e exploração das percepções das partes interessadas, este estudo busca identificar os entraves que comprometem a transformação das normas em ações eficazes. As barreiras legais podem incluir lacunas na legislação, deficiências nos mecanismos de aplicação e falta de clareza nas definições. As influências sociais, por sua vez, manifestam-se por meio de estereótipos enraizados, preconceitos e discriminações que perpetuam desigualdades.

O presente artigo analisa o direito à imagem frente aos novos desafios propostos pelo desenvolvimento tecnológico e da inteligência artificial, com enfoque no fenômeno das deepfakes. Desse modo, buscou-se compreender como se dá a ocorrência dessa nova tecnologia e quais são os impactos que ela pode causar no direito à imagem dos indivíduos dentro do ciberespaço. Discutiu-se acerca das formas de proteção e prevenção encontradas na legislação brasileira para enfrentar o problema atualmente. A metodologia utilizada na pesquisa tem natureza bibliográfica e exploratória, em doutrinas, artigos jurídicos de revistas especializadas na matéria e em legislações e projetos de leis vigentes. A pesquisa reconheceu que no Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), legislação em destaque no tema, não é efetiva com relação à responsabilização dos provedores de conexão à internet pelos danos gerados pela deepfakes no ambiente virtual, além de que a referida lei é inespecífica para promover a punição destes quanto aos abusos gerados por essa nova tecnologia. Apesar disso, o Código Eleitoral e o Código Penal brasileiro já possuem avanços no que se refere à proteção dos indivíduos contra as deepfakes. O que se observa é que há um esforço internacional para criar recomendações e evitar prejuízos causados pela inteligência artificial e, no Brasil, já existem projetos de lei com a mesma finalidade. Por fim, concluiu-se que educação digital e midiática e os contínuos avanços na legislação sobre a inteligência artificial e deepfakesdevem ser tidos como os protagonistas para o enfrentamento do problema.

Objetivo: Avaliar o perfil de cirurgias cardíacas, o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes atendidos, bem como os fatores associados ao óbito após cirurgia em um hospital de referência do sudoeste da Bahia, 2018 a 2022. Métodos: Estudotransversal-analítico, utilizando dados secundários de prontuários médicos eletrônicos de um hospital privado. Foram avaliadas as características sociodemográficas e clínicas dos pacientes e seus respectivos prontuários em uma amostra censitária. Para classificação do risco das cirurgias foi graduado um score de 1 a 8. Consideramos o óbito como desfecho e as demais características como variáveis explicativas. As associações entre o desfecho e covariáveis foram estimadas utilizando regressão logística, reportadas como Odds Ratio (OR) e Intervalos de Confiança de 95% (IC95%). O trabalho foi aprovado em CEP conforme CAAE nº 77436924.4.0000.9667. Resultados: Foram realizados 3.302 procedimentos no período, dos quais predominaram indivíduos do sexo masculino (63,3%), > 50 anos (78,4%), de raça/cor de pele negra (84,1%) e de escolaridade limitada ou sem escolaridade (80,6%). O procedimento de maior frequência foi a cirurgia coronariana (38,0%) e de finalidade curativa (75,5%). O óbito foi o desfecho em 7,7% dos casos e foi significativamente maior no sexo feminino (10,0%), com idade > 70 anos (11,0%) e em procedimentos do tipo ventricular (40,0%). Conclusão: O perfil epidemiológico identificado justifica-se por questões fisiológicas e coincide com o perfil identificado em outras pesquisas. Ademais, os fatores relacionados ao óbito demonstram necessidades específicas dessas populações. Por fim, apresenta uma base de dados extensa e relevante para futuras pesquisas.

Objetivo: Descrever o acesso e a utilização dos serviços de saúde na APS entre mulheres na Bahia. Métodos: Estudo transversal descritivo, utilizando dados das Pesquisas Nacionais de Saúde de 2013 e 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo mulheres com idade ≥10 anos, residentes na Bahia. Foram utilizadas as informações dos questionários referentes às visitas domiciliares de equipe de Saúde da Família (eSF), características gerais dos moradores, utilização de serviços de saúde, saúde da mulher e atendimento pré-natal. A análise descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas, e estimados os intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: As PNS 2013 e 2019 evidenciaram que a maioria das mulheres investigadas tinham seus domicílios cadastrados em USFs (55,5%; 65,1%), recebiam visita de, pelo menos, um membro da eSF nos últimos 12 meses mensalmente (43,7%; 38,2%) e buscam a UBS (49,4%; 50,3%) como primeiro local em caso de doença ou para outro tipo atendimento em saúde. Quanto a assistência ofertada, observou-se elevadas proporção de pré-natais (65,1%; 66,3%) realizados nas UBS’s, assim como de partos 74,0%; 76,3%) pelo SUS. Conclusão: A diminuição das visitas domiciliares pelas equipes de saúde as mulheres baianas cadastradas na USF’s, assim como a busca pelo setor privado para atendimentos e realização de exames diagnósticos sugerem a necessidade de aprimoramento na qualidade dos serviços ofertados ao público feminino pela APS.

Introdução: A morte materna é caracterizada como a morte de uma mulher durante a gestação, o parto ou puerpério, independente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais (CID-10). A taxa de mortalidade infantil é um indicador direto da saúde da população e da eficiência dos sistemas de saúde, capaz também de estimar a carga das desigualdades sociais e de saúde entre as populações. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo, utilizando dados secundários das notificações de mortalidade materna e mortalidade infantil doestado da Bahia, Brasil. Os dados foram extraídos em 20 de fevereiro de 2022,no Sistema Open Datasus do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – SUS (Datasus). A população de estudo foi composta por mulheres em idade fértil e crianças menores de um ano, com data de notificação de óbito entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2019. Resultados: Foram notificados622 óbitos maternos entre mulheres de 10-49 anos e 15.391 óbitos entre crianças <1 ano no estado da Bahia, durante o período de 2015 a 2019. A distribuição do número óbitos infantis entre crianças <1 ano também foi decrescente no período avaliado, com maior percentual em 2015 e menor em 2019. Conclusões: Graças a melhoria no sistema de saúde, a redução das desigualdades sociais e o avanço na democratização das informações, houve um declínio no que diz respeito a mortalidade materna e a mortalidade infantil. No entanto, os dados apontam que as taxas de óbito nos dois grupos continuam altas, corroborando com a verdade de que o fortalecimento da rede de atenção perinatal, com cuidado integral desde o pré-natal, é uma estratégia que deve continuar crescendo no país.

O CrossFit é um programa de treinamento que envolve variadas formas de exercícios, como os de força, ginásticos e os cardiorrespiratórios. Nos últimos anos, a prática vem se difundindo cada vez mais, e com isso, os questionamentos sobre sua segurança vem crescendo. Objetivos: Avaliar a presença de lesões na prática do CrossFit, investigando o perfil dessas lesões, além de comparar com o risco de lesão em outros esportes. Métodos: Trata-se de um artigo construído com base em coletas de dados e experiências de outros autores por meio de uma revisão integrativa de literatura. Resultados: A prevalência de lesão é influenciada pelo nível de treinamento, sendo atletas competidores mais suscetíveis à elas. Os locais mais comuns de lesões são articulações como ombros e joelhos, com relação a outros esportes, a taxa de lesões mostrou-se equivalente. Conclusões: Diante da literatura revisada, praticantes de CrossFit, não aparentam se lesionar mais do que em outros esportes, contudo, a escassez de artigos sobre o tema se apresentou como fator limitante, sendo necessária mais pesquisas na área.

O sono é um estado de inconsciência reversível, redução das atividades motoras e baixa resposta a estímulos externos. O ciclo sono-vigília é influenciado por fatores exógenos, como alternância dia e noite (claro-escuro),horários de aulas, trabalho e fatores endógenos como secreção dos hormônios cortisol, melatonina e somatropina. Atualmente se reconhece a importância do sono como fator reparador e hemostático tendo função biológica fundamental na consolidação da memória e o comprometimento da qualidade desse sono pode gerar ansiedade, irritabilidade e afetar o sistema imune, e por consequência prejudica o desempenho acadêmico. Nesse sentido, este estudo teve como objetivor ealizar uma revisão integrativa sobre a influência da qualidade do sono no desempenho acadêmico de estudantes de medicina. Métodos: Foi realizada uma busca na base de dados PubMed para seleção de artigos publicados entre 2016 e2022, disponíveis gratuitamente em sua versão completa, nos idiomas inglês e português, que abordassem a relação da qualidade do sono com o desempenho acadêmico de estudantes de medicina. A abordagem de síntese narrativa foi utilizada para a análise de dados. Resultados: 70 registros foram recuperados na base de dados (2016-2022) e após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram apresentados os resultados de 11 artigos. Na maior parte dos estudos, foram encontradas associações negativas significativas entre má qualidade sono e o desempenho dos estudantes. Além disso foi unanime entre os artigos analisados que os estudantes de medicina possuem altos índices de má qualidade de sono. Conclusão: A privação do sono é um fator que traz consequências a nível de qualidade de vida. Estudantes de medicina são uma população de alto risco para distúrbios de sono, demandando uma maior atenção de estudos e medidas focados nessa população.

Em 2011 Shoenfeld e Agmon-Levin definiram o termo ASIA (Síndrome Autoimune /Auto inflamatória Induzida por Adjuvantes) como um conjunto de doenças que compartilham sintomas inexplicáveis que mimetizam uma síndrome autoimune. O silicone tem papel de adjuvante nessa síndrome, e alguns pacientes que fizeram implantes mamários têm apresentado sintomas como mialgia, miosite, artralgia, manifestações neurológicas, febre, boca seca, alterações cognitivas, síndrome da fadiga crônica e distúrbios do sono. O explante das próteses tem sido usado como forma de tratamento, levando a resolução do quadro em parte das pacientes. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa sobre o explante das próteses mamárias de silicone como forma de tratamento da síndrome ASIA. Método: Foi realizada uma busca na base de dados PubMed no período de 10 de março de 2022 à 25 de abril de 2022. Foram incluídos os artigos disponíveis gratuitamente em sua versão completa; disponíveis em inglês, português e francês e estudos que abordassem aspectos clínicos e terapêuticos da Síndrome ASIA relacionada ao uso de próteses de silicone. Resultados: 9 registros foram recuperados nas três bases de dados (2013-2021) e após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram apresentados os resultados de 6 artigos. Na maior parte dos estudos, o explante foi usado como forma de tratamento, induzindo melhora dos sintomas em mais da metade dos pacientes. Além disso, a capsulectomia está indicada junto ao explante da prótese. Conclusão: Este estudo evidenciou a capacidade do explante em melhorar os sintomas das pacientes. Para melhor acurácia dos resultados é necessário a realização de mais estudos prospectivos e de caso controle, além do acompanhamento por mais tempo das pacientes explantadas.

O traumatismo cranioencefálico (TCE) frequentemente resulta em uma carga importante de morbimortalidade para pacientes e carga econômica para os sistemas de saúde. Este estudo objetivou investigar a taxa de incidência do TCE e fatores associados ao maior tempo de permanência em UTI e ao óbito entre vítimas de TCE, e descrever os valores de serviços hospitalares e profissionais destes atendimentos na Bahia em 2022. Estudo transversal, utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), 01jan/2022 a 31dez/2022, entre indivíduos de 10-59 anos. Foi estimada a taxa de incidência cumulativa por 100 mil habitantes (100.000 hab.). As associações entre os desfechos (UTI ≥15 dias e óbito) e as variáveis de exposição foram reportadas em Odds Ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Foram avaliados 4.623 casos de TCE, com taxa geral de incidência estimada em 49,42/100.000 hab.; 77,65/100.000 hab. para homens e 15,41/100.000 hab. para mulheres. A UTI ≥15 dias e o óbito foram frequentes em 7,4% das vítimas. As chances de UTI ≥15 dias foram maiores em homens (ORajt=1,64; IC95%=1,04-2,59) e pacientes de leito cirúrgico (ORajt=7,01; IC95%=1,69-29,19) e clínica médica (ORajt=5,38; IC95%=1,32-22,00). O óbito foi associado ao sexo masculino (ORajt=1,81; IC95%=1,28-2,58) e à idade de 50-59 anos (ORajt=1,75; IC95%=1,17-2,62). O estudo evidenciou um alto risco de TCE, com fatores de risco relacionados principalmente ao sexo masculino e ao envelhecimento. Reforça também a importância de implementar políticas de prevenção e estratégias de treinamento e conscientização de profissionais de saúde, particularmente em unidades hospitalares públicas.

O período gestacional perpassa aproximadamente um intervalo de 38 semanas, a contar da fecundação e durante esse tempo uma série de intercorrências podem acometer o binômio mãe-filho. Para que se tenha uma garantia do bem-estar materno e fetal, se faz necessário garantir a saúde integral, com consultas pré-natais, sendo preconizado no mínimo seis. Nesse contexto, entretanto, cerca de 40% das gestantes não recebem todas as orientações de indicações e contraindicações para esse período, fato que corrobora ao risco materno e fetal. Ademais, outras dificuldades são uma realidade como: acessibilidade ao serviço, baixa renda, falta de apoio familiar. Esse trabalho foi elaborado a partir de uma revisão da literatura nas bases de dados do Scielo e Dynamed no período entre 2012 e 2023, tendo como objetivo a coleta dedados referente a identificação do perfil das gestantes acompanhadas no pré-natal, uso de drogas na gestação, estresse, planejamento da gravidez, infecções sexualmente transmissíveis, avaliação da quantidade de consultas realizadas pela gestante, avaliação dos exames solicitados e cobertura vacinal.

Os métodos contraceptivos utilizados na adolescência são essenciais para o desempenho sexual saudável e seguro quanto a prevenção de uma gravidez indesejada e proteção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), devendo o seu uso ser orientado por um profissional de saúde devidamente habilitado, para maior efetividade. Embora sejam ofertados gratuitamente para a população, na Atenção Primária à Saúde (APS), através de políticas públicas implantadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), observa-se uma adesão inadequada ao seu uso pelo público juvenil, que assume, muitas vezes, um comportamento de risco, com sexo desprotegido desde o início da atividade sexual. Esta revisão integrativa tem o intuito de dimensionar os fatores que interferem quanto ao acesso e utilização adequada dos métodos contraceptivos oferecidos na APS, pelo público adolescente, e o papel da família, dos educadores e profissionais de saúde frente a esse contexto. Realizou-se uma busca de artigos nas bases eletrônicas de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde - BRASIL(BVSALUD) no período de julho a outubro de 2023. Foram incluídos artigos que abordassem o uso e a escolha dos métodos contraceptivos na adolescência com publicação a partir de 2020, em português, gratuitos e com texto completo; sendo 97artigos considerados elegíveis; dentre eles, 9 foram selecionados para leitura integral. Conclui-se que o alinhamento entre família, educadores e equipe de saúdeseja fundamental na proteção comportamental dos adolescentes, para uma prática sexual segura e consciente.

A Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa, conhecida pelo seu alto potencial incapacitante. A fisiopatologia da DA é bastante conhecida, e consiste na acumulação de placas de amiloide-β (Aβ) no tecido cerebral e pela presença de proteína tau hiperfosforilada no interior dos neurônios, levando à inflamação cerebral e ao estresse oxidativo. No entanto, alternativas terapêuticas para esta doença continuam escassas. O presente artigo, se propõe a reunir evidências do potencial terapêutico da Cannabis sativa. A pesquisa foi realizada com artigos publicados no período de 2018 a 2023, indexados nas base de dados MEDLINE e BVS utilizando-se os seguintes descritores: alzheimer disease, treatment, Cannabis sativa. Foram encontrados 32 artigos no total e em seguida elencados 15 artigos que se encaixavam nos critérios de inclusão: artigos voltados para o uso da cannabis como tratamento para a Doença de Alzheimer. Com os presentes resultados, foram demonstradas vidências do potencial terapêutico do Canabidiol, e seu papel em reduzir o processo de neuro inflamação, deposição das glicoproteínas TAU e diminuição do estresse oxidativo, além de demonstrar um boa segurança e eficácia. Porém os estudos indicam que é necessário que, o uso da substância seja iniciada antes que a Doença de Alzheimer esteja em estado avançado para melhores resultados. Além disso é preciso mais estudos in vivo para quantificar a dosagem ideal, e minimização dos efeitos adversos, com a finalidade de obter uma nova forma de terapia definitiva contra as doenças neurodegenerativas.

Sintomas dispépticos e alterações do hábito intestinal em situações de estresse são prevalentes na população geral e estudantes de medicina podem representar um grupo de risco, devido à rotina sobre carregada pelas demandas da formação médica. Este estudo objetivou investigar a prevalência de estresse emocional e sua relação com os sintomas dispépticos e alterações do hábito intestinal em estudantes de medicina. Estudo transversal analítico, com dados de uma Instituição de Ensino Superior de Vitória da Conquista-Bahia, em 2023. Foi estimada a prevalência de estresse emocional nos últimos 30 dias antecedentes à pesquisa e observadas variáveis sociodemográficas, de hábito alimentar e comportamentais. Foram utilizados os testes qui-quadrado de Pearson e/ou exato de Fisher (p<0,05). O estudo avaliou 325 estudantes do 1º ao 8º período, com frequência de estresse emocional estimada em 61,2%. Este desfecho esteve associado às mulheres(p<0,001), à alimentação não saudável (p=0,003) e hábitos alimentares inadequados(alimentos gordurosos [p=0,022] e substituição de refeição por lanches [p=0,018]);bem como à suspeita de doença gastrointestinal(p=0,001) e maior frequência de alterações dispépticas e intestinais (azia[p=0,003], diarreia [p=0,005], constipação[p<0,001], epigastralgia[p<0,001], saciedade precoce [p=0,008], distensão abdominal [p=0,001], náusea e/ou vômito [p<0,001], flatulência/gases [p=0,013] e refluxo [p=0,021]). Foi observada elevada frequência de estresse emocional entre estudantes de medicina. O estudo sugere o desenvolvimento de medidas protetivas, tais com o programa de incentivo à alimentação saudável, orientação para cuidados com a saúde mental, bem como a produção de materiais informativos. O estudo colaborou apara o enriquecimento do repertório literário médico para correlação do estresse emocional às alterações dos hábitos intestinais.

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O câncer é uma das doenças crônicas não transmissíveis que mais acomete os homens, principalmente o câncer de próstata. Nesta doença, a idade é um fator relacionado que causa essa condição, aumentando assim na quinta década de vida. Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura do tipo narrativa, método de levantamento bibliográfico que possibilita a condensação do conhecimento e a incorporação da aplicação do estudo na prática. Os dados foram coletados nas bases de dados científicas PubMed, LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Scielo. Resultados: Após a busca qualificada na literatura foram selecionados onze estudos para compor os resultados deste constructo. Discussão: O maior obstáculo é a falta de informação das pessoas, visões antigas e negativas sobre o câncer e seu prognóstico. Preconceito e exames preventivos para o câncer, como o toque retal; falta de exames específicos e sensíveis para detecção na fase microscópica e falta de rotinas nos serviços de saúde públicos e privados que facilitem o programa de detecção do câncer incluindo câncer de próstata. Além disso, os homens podem apresentar resistência e constrangimento ao toque retal, pois isso "viola" a masculinidade na condição de homem ativo. Como resultado, as pessoas resistiram porque acreditavam que exames retais confundiriam conspiração com noções masculinas. Conclusões: Mesmo havendo campanhas anuais visando a adesão do homem a prevenção do câncer de próstata, percebe-se ainda uma resistência a adesão, muitas vezes motividas por desiformação. Com isso, é importante mais trabalhos sobre o tema, já que tem poucos trabalhos com essa abordagem.

Analisar o impacto da obesidade sobre a gravidade da infecção ocasionada pelo novo coronavírus e o desenvolvimento da COVID-19. Métodos: Este estudo se caracteriza como uma revisão integrativa de literatura embasada no estudo de 22 artigos pesquisados nas plataformas SciELO, PubMED, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. Na pesquisa foram utilizados os descritores “COVID-19”; “Coronavírus”; “SARS-CoV-2”; “Coronavirus Disease”; “Obesity”; “Angiotensin-converting enzyme 2”; “Overweight”, ‘’Hábitos de vida’’. A seleção dos artigos seguiu os critérios de inclusão e exclusão predeterminados. Resultados e discussão: Indivíduos obesos configuram maior susceptibilidade ao agravamento da COVID-19 em razão da adiposidade corporal associada à elevação de fatores pró inflamatórios, inatividade física e demais doenças metabólicas. Além disso, a obesidade pode comprometer o sistema imunológico e, portanto, prejudicar as respostas orgânicas frente à infeção pelo novo coronavírus. Alguns estudos demonstram que o SARS-CoV-2 é capaz de infectar as células hospedeiras por meio da regulação e expressão do receptor da enzima conversora de angiotensina 2. Tais receptores estão presentes no epitélio respiratório inferior, nas células da mucosa do intestino delgado e nos adipócitos (presentes em maior número em indivíduos obesos). Mudanças nos hábitos de vida, como a adoção de alimentação saudável e atividade física são imprescindíveis para a prevenção dos agravos associados à obesidade e COVID-19. Conclusão: A obesidade e suas alterações metabólicas se comportam como fatores de gravidade para a infecção provocada pelo SARS-CoV-2, ocasionando em desfechos, muitas vezes, desfavoráveis para a COVID-19. A associação dos hábitos de vida saudáveis, como a pratica de atividade física e reeducação alimentar para controle do peso contribuem para diminuir as suas possíveis complicações.

A Hemocromatose Hereditária clássica é uma doença majoritariamente autossômica recessiva, associada a mutações no gene HFE, ocasionando, a longo prazo, a sobrecarga de ferro no organismo do portador da enfermidade. É um distúrbio raro no Brasil, sendo encontrado com mais facilidade na América do Norte e no norte europeu, especialmente na população nórdica. O fígado é o principal órgão alterado pelo excesso do ferro, sendo acometido por processos lesivos oriundos da elevação e deposição do metal, porém outros tecidos também sofrer danos nesse processo. Como intuito de esclarecer a Hemocromatose Hereditária clássica e suas repercussões, o objetivo deste estudo é descrever o impacto da Hemocromatose Hereditária Clássica na vida dos indivíduos. Para tanto, foram realizadas buscas de artigos científicos embases de dados como SCIELO e PUBMED e também buscas em livro texto entre os anos de 1994 à 2021 sobre o assunto abordado. Foram selecionados 30 artigos e 1capítulo de livro. Foi analisado que a Hemocromatose Hereditária clássica é uma doença insidiosa, lenta progressiva, podendo, muitas vezes ser assintomática ou sintomática leve. Essa doença, entretanto, pode evoluir com complicações severas ao estado de saúde do indivíduo como: cirrose hepática e insuficiência cardíaca, determinando piora importante na qualidade de vida. Assim, faz-se necessário ampliar o conhecimento dos profissionais médicos sobre a doença, a sua causa e, as manifestações clínicas, para que o diagnóstico e tratamento sejam precoces e adequados para os indivíduos acometidos.